Por Prof. Renato Lima
Um bom profissional precisa compreender a importância de ter mentores — e de investir em modelagem pessoal e profissional.
Existem algumas formas de aprender na vida: pela transpiração ou pela inspiração. Em ambas, a gente aprende pelo amor… ou pela dor. Mas existe uma forma inteligente de encurtar esse caminho: observar quem já chegou lá e entender o que pode ser replicado com ética, estratégia e respeito ao seu próprio ritmo.
E é aí que entra o conceito de modelagem.
Modelar alguém significa identificar um profissional que tenha alcançado o sucesso — mas que seja tangível, alguém próximo da sua realidade. Nada de se guiar apenas pelos “intocáveis da internet”, com vidas perfeitas no feed. Modelar é observar quem realmente construiu algo sólido, ético e possível de adaptar à sua jornada.
Eu, por exemplo, tenho vários profissionais que admiro e que me servem como referência. Um deles é o Marcelo Germani, com quem tive a honra de ser aluno em um curso voltado para professores da harmonização facial, em São José do Rio Preto. Não é apenas sobre o conteúdo técnico — é sobre a postura, a entrega, o olhar de longo prazo, a forma de se comunicar e liderar.
Quando você escolhe alguém para modelar, comece a se perguntar:
- Quais caminhos essa pessoa percorreu?
- Onde ela acertou?
- Onde errou (e o que aprendeu com isso)?
- Que tipo de posicionamento tem no mercado?
- Como lida com alunos, pacientes, marcas?
- Que tipo de rotina e hábitos ela mantém?
Modelar é aprender com os acertos e também com as dificuldades dos outros.
Mas aqui vai um alerta importante: não confunda modelagem com inveja!
Quando você olha para alguém e diz: “Nossa, ele tem uma mega clínica, um carrão, quero essas coisas também!”, isso é superficial. Isso é desejo, não é modelagem.
Modelar é olhar para esse profissional e se perguntar:
“O que ele fez para chegar onde chegou?”
E claro, tudo isso precisa estar alinhado com a sua realidade. Principalmente na nossa área, onde existem pessoas que alcançaram níveis de vida quase irreais — hiper mansões, carros de milhões, rotinas que não representam a maioria dos profissionais da saúde estética.
Eu costumo dizer: mesmo hoje, tendo conquistado certa relevância como professor e profissional da harmonização facial, ainda estou no primeiro trecho de uma longa maratona. Continuo me espelhando em mentores de diversas áreas da minha vida — sempre respeitando a minha escala de crescimento.
E tenho plena consciência: o mundo está mudando.
A estética está mudando.
As pessoas estão mudando.
E por isso, eu também preciso continuar aprendendo todos os dias.