Nesta semana, a DermaDream anunciou oficialmente a chegada da Letybo® (letibotulinumtoxinA), toxina botulínica tipo A fabricada pela coreana Hugel. O lançamento marca a entrada de mais uma opção no portfólio de produtos disponíveis para os profissionais de saúde estética no Brasil.
A bula brasileira já está publicada no portal da Anvisa, confirmando a aprovação do produto para uso médico no país. Essa liberação reforça que a toxina atende aos critérios de qualidade, segurança e eficácia exigidos pelo órgão regulador.
Quais toxinas botulínicas estão liberadas no Brasil?
Atualmente, o mercado brasileiro conta com diferentes marcas de toxina botulínica tipo A, todas com registro ativo na Anvisa. Veja a lista completa, com país de origem e empresa responsável pela comercialização:
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Botox® — Allergan/AbbVie (EUA/Irlanda) | Comercializada pela AbbVie Farmacêutica Ltda.
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Dysport® — Ipsen (Reino Unido/França) | Comercializada pela Beaufour Ipsen Farmacêutica Ltda.
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Xeomin® — Merz (Alemanha) | Comercializada pela Merz Farmacêutica Comercial Ltda.
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Nabota® — Daewoong (Coreia do Sul) | Representada no Brasil pela Moksha8 Pharmaceuticals.
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Prosigne® — Lanzhou Institute of Biological Products (China) | Comercializada pela Cristália
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Botulim® — Blau Farmacêutica (Brasil) | Comercializada pela própria Blau Farmacêutica S.A.
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Botulift® — Medytox (Coreia do Sul) | Comercializada pela Bergamo/Amgen Brasil
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Letybo® — Hugel (Coreia do Sul) | Comercializada no Brasil pela Derma Dream
O que já sabemos sobre a Letybo
Nos Estados Unidos, a FDA aprovou a Letybo com base em três estudos clínicos de fase 3, randomizados e controlados, que comprovaram eficácia e segurança em linhas glabelares.
Estudos publicados recentemente também apontam que a Letybo apresenta resultados comparáveis ao Botox® em termos de eficácia e perfil de segurança. Contudo, parte das pesquisas foi financiada pelo próprio fabricante, o que pode introduzir viés.
No Brasil, ainda é cedo para avaliar de forma definitiva difusão, eficácia prática e durabilidade do produto no nosso contexto clínico.
Segurança em primeiro lugar
A Anvisa emitiu recentemente alertas sobre lotes falsificados de toxinas já conhecidas no mercado. Por isso, a recomendação é clara:
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Adquirir produtos apenas de fontes oficiais e regulamentadas;
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Conferir sempre o registro no portal da Anvisa antes de utilizar uma nova marca;
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Manter atenção redobrada com a cadeia de armazenamento e logística.
O que realmente faz diferença nos resultados
O discurso que sempre reforço com meus alunos é simples: todas as toxinas aprovadas no Brasil são eficazes e seguras.
O que pode comprometer o resultado não é a marca, mas sim:
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As características do paciente (padrão muscular, metabolismo, hábitos).
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A dose aplicada, ajustada de acordo com a necessidade clínica.
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A técnica do profissional, desde a reconstituição até o ponto e profundidade da aplicação.
Em outras palavras: não existe toxina ruim, existe técnica ruim.
Conclusão
A chegada da Letybo amplia o leque de opções para profissionais da estética avançada no Brasil. Embora seja necessário tempo e mais evidências independentes para avaliar seu real desempenho clínico, o fato de já contar com aprovação da Anvisa garante que pode ser utilizada com segurança.
No fim das contas, a escolha da toxina é apenas uma parte da equação. O que garante o sucesso é a indicação correta, a dosagem adequada e a excelência técnica do profissional.





